Eu tava falando com um amigo meu no msn, sobre o quanto eu sentia saudade da escola. Os professores (mesmo os chatos, com os quais eu vivia brigando -eu sou um doce, sabe?-), as aulas, os momentos de preguiça, as conversas, os amigos. Tudo. Daí me deu vontade de escrever. Só pra ficar registrado, entende? Digo, o quanto eu sinto falta de tudo, e citar aquelas coisas que mais me tocam.
Eu costumava sentar no chão do pátio durante o intervalo, com as minhas amigas, pra brincar de coisas de criança. Escravos de jó, mãozinha, pato-ganso e essas idiotices que só criança pequena brinca, mas que a gente insistia em resgatar. No final, sempre tinha um aglomerado de espectadores, todos rindo e querendo brincar também.
Eu também sinto falta dos apelidos que nos davam. Sempre tinha um engraçadinho disposto a nomear nosso grupinho de alguma coisa hilária ou idiota, e os apelidos sempre pegavam. Era chato, mas eu sinto falta disso também. Só não sinto falta das fofocas maldosas, claro. Mas todos sabem o quanto adolescentes podem ser perversos sem motivo (ou com este), então relevemos.
Sabe o que sinto falta também? Uma brincadeira de morder que eu tinha com alguns amigos. Uns detestavam, outros não. Tinha uma amiga minha que pedia pra eu morder a cabeça dela, e eu sempre fazia isso saltitante. Todo mundo ria, claro. Tinha também uma criatura que eu adorava (e muito) morder. E ei, ele também já me deu boas mordidas, então não me julguem, certo?
Também bate uma saudade dos momentos irresponsáveis, quando eu matava uma aula ou enfiava a cara num casaco e ia dormir, porque os professores estavam passando um filme ou usando o datashow. Saudade de ficar só de meia, sem sapato, de colocar a perna por cima dos outros e de ser riscada por um amigo que tanto me faz falta. São tantas coisas pra sentir saudade... as vezes eu nem sei por onde começar. Mas ainda bem que a gente sempre pode relembrar esses momentos, seja registrando-os no blog ou conversando por msn com aquelas criaturas que te acompanhavam nisso tudo.
E quer saber? Vou dedicar esse post a Rafael Urquisa que, mais que ninguém, me fazia voltar pra casa toda riscada, pronta pra levar uma bronca da minha madrasta.
Na verdade, may tem saudade de ficar roxa de tanta mordida, coberta de hematomas.